sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Empreendedorismo se aprende na escola

Parece que o governo também está se dando conta de que precisamos preparar nossos futuros empreendedores.

E não estamos falando aqui de faculdade, MBA, cursos de especialização etc.: trata-se do Ensino Médio e o público são os jovens de 14 a 18 anos.

Conforme noticiado n’O Globo no dia 08/09/08, o Governo do Estado do RJ iniciará, a partir de 2009, a difusão de noções de empreendedorismo nas escolas. Não através do currículo formal, mas por meio de atividades lúdicas, relacionadas com o dia-a-dia acadêmico.

Os alunos poderiam ajudar a organizar [a Festa Junina], calculando quantas espigas de milho serão necessárias, vendo o horário e a logística” exemplifica Rafael Martinez, subsecretário de Gestão da Rede e de Ensino da Secretaria Estadual de Educação.

Devemos aplaudir ações como essas, simples, objetivas e, principalmente, despidas da grandiosidade que não raro acomete os projetos públicos – e quase sempre terminam em desperdício de recursos e resultados modestos.

Vale ressaltar que esta não é uma iniciativa isolada: o Governo do Ceará já havia, com o apoio do Sebrae, iniciado projeto similar em 2005 (v. Empreendedorismo na escola beneficiará mais de 5 mil pessoas).

Escolas particulares também começam a incluir matérias optativas de empreendedorismo a seus alunos (v. Escolas apostam até em aulas de empreendedorismo).

Apresentar conceitos de negócios aos jovens não é meramente um exercício de treinamento. No mundo globalizado de hoje, inovação e investimento são motores essenciais para a competitividade. E em um país onde o sonho de muitos é garantir um emprego público e onde a aceitação de riscos é vista com desconfiança, é importante acostumar os jovens a analisar problemas novos e tomar decisões de forma racional. Tais qualidades são úteis não apenas para empresários, como para qualquer pessoa.

Como diz o subsecretário Rafael Martinez: “O que nós queremos é um cidadão que seja protagonista da sua vida profissional, não importando se ele vai ser empregado de alguém ou se vai ter o seu próprio negócio”.